Paraíso das pimentas – Mercado Central, BELO HORIZONTE
(HOJE, 22 de Abril de 2018, completo 11 anos no Portal WORDPRESS, que me felicitou e agradeceu.) ∞
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@1.
Mal dava para imaginar que em pouco tempo a mesa do mundo mudaria, isso porque pimentas diversas, pimenta do reino, chá, café, cravo da Índia, canela, açafrão, louro e outros temperos e ervas aromáticas e medicinais valeriam mais do que o ouro. Europeus ferviam com tantos sabores e odores, e eis a cana de açúcar que mudaria hábitos alimen-tares no mundo. Na Europa ainda se come açúcar de beterraba. Sempre que vou a uma banca como esta aí acima eu me lembro disso, dos caminhos da História.
@2.
Durante décadas o país não produziu quem se destacasse, a não ser no torpor, sempre zanzando por aí feito zumbis, escravos da indolência e da lascívia, da morte em vida, atitude capaz de causar estupor, inveja e ira desmesuradas na vizinhança próxima e nas distantes. “Filhos (ouvi no mercado) são como os bilros das rendeiras, são fios, depois são tecidos que precisam ser bem trançados, ou a obra vai desfiar.”
@3.
O escritor busca incógnitas, é um demente com um teclado à frente e a sociedade no pensamento. Vive assim, de olho no imponderável, alquebrado, à espera do imprevisível, de vez em quando salta dele uma lágrima, um sorriso cheio de palavras não percebidas.
@4.
Dos amigos e amigas a gente deve querer saber o máximo – pendências, tendências e carências, pois assim vigora uma verdadeira amizade, e vigora também mesmo se não se sabe nada ou quase nada do Outro.
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Foto e texto: Darlan M Cunha