FEBRICIDADE

 

amostra de febre

Penso uma condição na qual não me imputo viver de menos outra febre, ciente embora do fato de ser passível de situações onde só o anverso vige, quando não só o reverso.

Esta era uma das duas introduções no cabeçalho do meu primeiro blog PALIAVANA (alternava-as, sendo que na próxima postagem aqui escreverei a outra) .

De febre é feito o dia, a todo momento fazêmo-la oscilar, e assim cooptamos e aumentamos a essência do desespero, sempre ele a dar as cartas num mall, numa passagem de nível, nos degraus que nos levam aos estádios e ao zoo, nas escadas rumo aos tribunais, nas estradas de onde muitíssimos não voltam – senão lacrados -, ou sob as luzes furtivas de furtivos motéis, entre tagarelas e meratrizes em reuniões “sociais” ou “de trabalho”, e coisas que tais.

Um teor misto, mas não integralmente decifrado, corrói-nos a boca com a qual bocejamos sobre os pães secos de todas as manhãs, o café insosso de todas as noitícias…

Não estão cansadas ou cansados, não ? O suicídio é longe ? Há algum tipo de fuga ainda não tentado ? Nenhuma nova versão (psíquica) da “teresa” – a famosa corda dos presos – ainda não está disponível nem mesmo aqui nesta caixa de tolices (98%) de nome WEB ?

Muito melhor mesmo é reler trechos de Todos os Nomes, do José Saramago. Ou ler a História da Feiura, do Umberto Eco.

7 comentários sobre “FEBRICIDADE

  1. Vim aqui de curioso depois dos comentários que fizeste a respeito do meu post sobre o livro “Tudo se Ilumina”.
    Vim e gostei, especialmente dos textos lá de baixo.
    Um abraço,
    Leo

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  2. Olá!

    Vim eu agradecer e retribuir tua visita.

    Curioso! Lestes ‘A História da Feiúra’? Estou eu a lê-lo (magnífico!).

    Quanto à foto de teu perfil, chamou-me a atenção, posto que sou ferreomodelista amadora (sempre tive paixão por trens, desde que meu irmão ganhou um ferrorama XP 500 = que inveja!).

    Sinceramente, não entendi tua retórica (comentário de minha postagem).

    Perdoe-me por tal, mas poderia mo explicar?

    Quanto à teu texto (provavelmente é isso o que mais te interessa – afinal, todos gostamos de saber o que pensaram de nossos escritos, não é mesmo?).

    É a febre o feedback que o corpo dá,
    a intruso estranho,
    ou a intruso sentimento.

    É a febre manifestação de urgência; quem nunca se sentil febril ante ao objeto de desejo?
    Quem nunca se sentiu em verdadeira angústia, por abrir um pacote de presente?

    É a febre manifestação de raiva; quem jamais se sentiu em febre, quanto incitado à fúria?

    E, finalmente:
    É a febre manifestação de dor.

    (Se poluí teu tópico, peço que me pedoes).

    Abraços!

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  3. E…tendo esquecido, retorno!

    Estou compartilhando com todos meus visitantes e amigos um vídeo belíssimo que achei no Youtube.

    Gostaria, sinceramente, de saber tua opinião. Eis o link:

    Agora é tchau!

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  4. FÁTIMA,

    agradeço-te pela visita, pelos comentários claros, e espero ter-te aqui sempre. Verei, sim, o vídeo indicado por ti.

    Quanto ao texto acima, ele apenas explicita o óbvio, a incrível insensatez das pessoas diante do que elas mesmas criaram para elas – a Showciedade, com a febre da pressa (que evito, dispenso) ou, como eu mesmo escrevi em poemas (idéia pescada em Jorge Luís Borges), vivendo, sem viver de fato, a lucidez cruel da insônia, a insônia cruel da lucidez.

    Um abraço.
    DARLAN

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  5. FÁTIMA,

    e por que me esqueci, retorno… hehe

    para se ter uma idéia das minhas leituras desde sempre, veja aqui esta relação de livros lidos por mim, entre muitos outros, através dos anos:

    De outros

    Abraço.
    DARLAN

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  6. Uaíma :

    Quando pedi que explicasses, era para que explicasses o teu comentário em meu blog. Teu post entendi.

    Quanto aos livros, darei uma olhada.

    Abraços!

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