400

León con gafas. Foto by Jorge Paris.

Leon con gafas. Madri (foto: Jorge Paris). Um dos dois leões na entrada do parlamento ou congresso dos deputados, de óculos (gafas), lendo simbólicamente o Dom Quixote.

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A propósito dos 400 anos da morte de Miguel de Cervantes Saavedra, recordemos cómo empieza el Quijote:

En un lugar de la Mancha, de cuyo nombre no quiero acordarme, no ha mucho tiempo que vivía un hidalgo de los de lanza en astillero, adarga antigua, rocín flaco y galgo corredor. Una olla de algo más vaca que carnero, salpicón las más noches, duelos y quebrantos los sábados, lentejas los viernes, algún palomino de añadidura los domingos, consumían las tres partes de su hacienda.”

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Quase tudo foi dito e escrito sobre este livro, mas eu digo que gostaria muito de ter bebido umas zurrapas (vinhos ordinários) com Sancho Panza, provocando zoeiras em bodegas, castelos e descampados, causando espantos e estragos na empunhadura dos dias, e mais dormindo debaixo de pés de azeitonas, fornicando com ciganillas, curtindo memoráveis carraspanas com o Sancho Panza, rindo um bocado com aquele gordo sempre resmungão, sarcástico, manhoso, teimoso que nem mula velha, sempre à espera das terras prometidas pelo seu Señor Don Quijote de la Mancha, para então tornar-se governador Sancho Panza.

Texto: Darlan M Cunha

6 comentários sobre “400

  1. Vá de leve, você vai gostar desta maravilha, vai rir um bocado com a inteligência do gordo Sancho, sempre arrastando ou sendo arrastando por sua mula, resmungando, reclamando, dando palpites para o seu amou ou mestre ou senhor Don Quixote – o cavaleiro da triste figura, zanzando debaixo daquele sol em brasa da Espanha, poeira, assaltantes, delírios, bodegas…

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  2. Tenho em casa uma tela a óleo do Dom Quixote e do Sancho. É muito legal porque o cavalo está sorrindo. ainda não vi outra igual. Comprei num leilão porque amei o cavalo as gargalhadas.Abraço,

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  3. BILOKA

    dileta amiga. Nada de fazer inveja nos amigos, ora essa. O fato de você ter uma tela a óleo na qual se vê o cavalo Rocinante dando “aquela gargalhada”, ou seja, rindo-se das mil estropelias do Homem sobre a terra, é demais.

    Grato pelas visitas e comentários.

    Darlan M Cunha
    (Belo Horizonte, MG)

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