Amadas e Caros

A massa que faz o pão / vale a luz do seu suor – Amor de índio. BETO GUEDES – RONALDO BASTOS.

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Está tudo às claras, algum breu insiste ? Tudo é claro, cores de avental, silêncio e dinheiro embrulhado num jornal debaixo do colchão, ao modo antigo, de quando se amarrava cachorro com linguiça – como diz a canção. Cigarro de fumo de rolo, sandálias de couro cru, cachaça satânica divina pinga da roça, camisa xadrez, bermuda sem firulas, sem frescura de tatuagens, brincos, cordões, pulseiras, piercings e mais tatuagem. Hoje é dia de onça beber água que passarinho não bebe, chega de mágoa. Aqui, não, violão; e por falar no seis cordas, hoje será de sol sustenido maior, pão caseiro, bolo, carne assada, canjica pipocando na pressão, rastapé, e sabe o Demo o que mais, doideira pouca é bobagem. Coragem, apareçam, Amadas e Caros, para uma cantoria cada vez mais rara no dia a dia. Vamos que vamos !

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UAÍMA

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