POST nº 1006: Ágora: a praça pública onde cidadãos gregos antigos discorriam sobre tudo.

Degraus, assentos: Teatro ao ar livre AROLDO TENUTA, na avenida Prof. MÁRIO WERNECK – bairro BURITIS, BÊAGÁ

LER É VIAJAR

Durante alguns anos li muito os gregos: seu teatro (Ésquilo, Eurípedes), sua poesia (Homero e a poetisa Safo, nascida e vivida na ilha de Lesbos, daí lesbianismo), sua política (Platão), sua filosofia (Sócrates e o satírico insuperável que vivia dentro de um grande barril, com seu amigo cão, o filósofo Diógenes, O Cínico), seus historiadores e viajantes (Heródoto, Tucídides), seus matemáticos (Aristóteles, Pitágoras, Tales de Mileto), seu orador máximo (Demóstenes), sua sátira (Aristófanes escreveu A Assembleia das Mulheres, e Lisístrata: A Greve do Sexo, no qual ele diz que as mulheres atenienses, para forçar os homens a parar com as guerras, fizeram greve geral do sexo; um livro hilário e ao mesmo tempo sério, escrito em 411 a.C.

ÁGORA = PRAÇA

Lembrei-me disso ao rever estas fotos que fiz no bairro Buritis, aqui em BELÔ, e também me lembrei que o brasileiro/a não tem o hábito agradável de frequentar praças – um local, em geral, dominado por drogados, pixadores, por brigões entre turmas, local tornado dormitório, sanitário, vizinho e vizinha despejando lixo na praça onde um dia houve grama, e por aí vai a inconsciência, o nivel absurdo de egoismo do brasileiro em geral no que diz respeito ao assim chamado bem comum.

Teatro de Arena AROLDO TENUTA – Bairro BURITIS, BELO HORIZONTE / BÊAGÁ, BELÔ

Darlan M Cunha

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Guerreiros 11

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Hoplitas: eram chamados assim os soldados gregos

 

     Certa vez, enquanto lavava o rosto, ocorreu-me que eu não era eu – não mais, o que me deixou entre pasmo e apavorado, e um tremor invadiu-me de tal forma que tive de me sentar, não sem antes olhar-me no espelho do banheiro, sim, lá estava o outro, outra dimensão Darlaniana, e a taquicardia atacou pra valer, queria gritar, pedir socorro, um copo de água ou uma dose de vodka com água de coco e pedra de gelo, mas como, se um mutismo desesperado me apertava a garganta ? Nunca mais me olhei num espelho, e por isso mesmo, dizem as boas e as más línguas, vivo desgrenhado, descabelado feito outra Madame Min.

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Foto e texto: Darlan M Cunha

do lampião ao hoje

NO TEMPO DO LAMPIÃO (2)

Lampião do filósofo grego DIÓGENES – O CÍNICO (412-323 a.C.), que arrematei, e depois, para comemorar, fui colocar querosene na cachola, no famoso BARTOLO.

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     Ninguém sabe como ele chegou até aqui, quem o descobriu, se foi roubado de algum Museu; mas isso não é possível, pois não há registro em nenhum lugar, em nenhum livro científico. O vendedor, analfabeto completo, como, de resto, a enorme maioria da nação, colou no bojo da preciosidade uns decalques para valorizá-la, sem saber o que tinha em mãos, disse ter feito um escambo, uma troca no interior de Minas, lá pelas bandas de Tiradentes, e coisa e tal, e eu acreditei, sem acreditar, porque eu logo detectei a origem exata dessa bela peça que vi com meus Olhos De Cão Azul (Garcia Marques), esta que o filósofo carregou pelas ruas de Atenas, pleno dia, dizendo que estava “à procura de um homem honesto em Atenas“. Atenas, a mãe da democracia.

     Como se vê, parece que não há mães como antigamente ( – Herege, exigimos as tuas desculpas às mães !).

     Como se vê, quanto à honestidade, à proteção do patrimônio público e a muitas outras coisas mais, autoridades de todas as latitudes e longitudes continuam as mesmas (salvo as famosas honrosas exceções).

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foto e texto e risos: Darlan M Cunha