Rio JEQUITINHONHA, imediações da cidade Jequitinhonha, MG. A BALSA é imprescindível.
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Preparar tudo com calma, a pressa é inimiga da perfeição, embora a perfeição não exista, porque ela se afasta dois ou três passos de nós, cada vez que damos um passo em sua direção. Preparar tudo, muito tempo é perdido à toa todos os dias, ou seja, gasta-se o único fator que importa, e vive correndo conosco e de nós.
Prepare everything calmly, haste is the enemy of perfection, although perfection doesn’t exist, because it moves two or three steps away from us every time we take a step towards it. Prepare everything, a lot of time is wasted every day for nothing, in other words, the only thing that matters is wasted, and it lives running with us and from us.
Mineiro cava fundo o mundo, escava os dias álacres e os sombrios, além de que todo mineiro é conspirador.
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Isso está claro ?
Não há com o que construir o necessário / se o hoje será de mãos vazias / e pés nus, de impropérios / pela impotência de todos e todas / arguidos uma vez mais numa aula / de anatomia social – o atacado e o varejo onde os grãos, o verde, o coelho / e o risco à espreita entre as seletas. / Eis o filho do trigo, o riso já datado com o selo do Amanhã. Vamos pelos degraus, devagar e sempre; elevador emperra. “Quem anda, alcança; quem corre, cansa.” Isso está claro ?
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Is it clear?
There’s nothing to build what’s necessary with / if today is going to be empty-handed / and bare-footed, with insults / for the impotence of all / accused once again in a class / of social anatomy – wholesale and retail where the grains, the green, the rabbit / and the risk lurk among the selections. / This is the son of wheat, the laughter already dated with the seal of Tomorrow. We take the steps, slowly and steadily; the elevator stalls. “Those who run tire; those who walk catch up.” Is that clear?
Manga e romãs dependuradas sobre o encontro do Rio Sabará e Rio das Velhas, em SABARÁ, MG, BRASIL.
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Essa beleza, este espanto fica ao lado de uma muito pequena e discreta cachaçaria a qual nem mesas tem, fica “escondida”, ou seja: quase é preciso guia para levar alguém até lá. Cachaça viva em velhos tonéis, meia dúzia deles, algo assim de uma beleza indescritível, de forma que de vez em quando vou até Sabará bater pernas, e passo por lá. Todo lugar do mundo tem outros lugares dentro dele.Lembra.
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São 04:37h, a madrugada procede, silente, nada demente, isso porque a demência vive é nas grandes esquinas, nas confluências sentimentais, nas rodas com bochichos, nas mesas verdes (Der Grüne Tisch – Kurt Jooss). Wagner Tiso está tocando Choro de Mãe. Penso, Pensar dói.
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As despedidas – sabe-se – machucam, de um modo ou de outro, apreensão é o nome delas, sempre no nosso entorno, as despedidas são um marco primordial, antíteses e comunhão, junção e disjunção, elas são soberanas em seu mister de nos atazanar desde o dia primeiro, a hora uma, o instante primaz. As despedidas são tristes, abafam, mas é preciso ir, respirar, para respingar novos solrisos.
Sabarabuçú é o nome original dessa maravilha História do Brasil onde estão, por exemplo, o segundo teatro mais antigo de toda a América Latina, precedido em quatro anos pelo teatro de Ouro Preto; e tem também a Banda de Música ou Corporação Musical Santa Cecília [padroeira dos Músicos] com mais de 200 anos de atividades. Pertinho da muito jovem capital BÊAGÁ. Você quer ouro, diamantes ? Não se desespere? em qualquer lugar aí nesta aldeia tem, no seio das ruas, crianças jogando bolinhas de gude feitas de diamantes. Sim, vá, e depois nos diga, rindo, bebendo um excelente vinho de Jabuticabas – feito em Sabará, é claro, elementar, meu caro José, minha cara Ana, enfim, meus amigos e amigas que aqui vieram, vêm e virão.
… Ein Wein aus Sabará, natürlich, elementar, mein lieber José, meine liebe Ana, schließlich meine Freunde, die hierher kamen, kommen und kommen werden.
… A wine from Sabará, of course, elementary, my dear José, my dear Ana, finally, my friends who came, come, and will come here.
Razões que a razão desconhece: túnel, incógnita, o horizonte dos Amanhãs. [arte de Ai Wei Wei, CHINA].
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CARTA À MÃE n. 304
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VIVA O POVO BRASILEIRO – livro de JOÃO UBALDO RIBEIRO
O POVO BRASILEIRO – livro de DARCY RIBEIRO
O BRASIL é um país que desmoraliza o Absurdo – frase de DIAS GOMES, dramaturgo
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Dona MARIA, meu rastilho de luz contra o breu do Mundo
aqui estou, sem dividendos de realce social, coisa de ningres-ningres, isto é, gente comum, zé-ninguém, mas capaz de sentir ou de prever vendaval. Ah, os preços estão uma beleza, Mãe, bem sinceros com eles mesmos, disseram-me isto ontem mesmo, um dia antes deste dia 2, que as coisas vão melhorar, e eu, que não sou crente de jeito nenhum, cri, sim, cri, sem rir-me jocosamente de tal promessa e de tal premissa. Me engana, que eu gosto, Assim Falou Zaratustra, Assim Fala o Povão, a Plebe Ignara, Súcia Mefistofélica, Besta Humana. Só rindo, mas hoje é dia de rir ? Sim, todos os dias deveriam servir ao riso, todo dia é dia de viver, é exato. Porque vocês não sabem / do lixo ocidental / não precisam mais temer / não precisam da solidão / todo dia é dia de viver, está na linda canção Para Lennon & Mc Cartney, do Milton ‘Bituca‘ Nascimento, Lô Borges e Fernando Brant. Gosto, nós gostamos, vocês também devem gostar de tocar e cantar tais maravilhas de lucidez, crítica social e ao mesmo tempo uma mensagem inequívoca à amizade.
Mãinha, meu doce puxão de orelhas neste “gauche” na vida
aí está, como eu prometi na carta de ontem para a Senhora, um bolo de fubá grosso, recheado de queijo inigualável da região de Minas Gerais que é a Serra da Canastra, com os 7 municípios qualificados por produzirem o legítimo Queijo Canastra. Uai ! Tem um cheirinho que decerto está deixando a vizinhança com mil e um comichões. Mamma mia! Feito ontem. Nem cortei, hipnotizado por esta belezura e gostosura, mas irei a este sacrifício, totem e tabu, alvoroço para formigas & lombrigas.
Lembrem-se, leitora amiga e leitor amigo, das delícias de suas avós, aprendam a fazer, porque revitaliza.
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Dona Maria José, Mãe Querida, Doce entre Doces, Anágua do Mar, meu Evereste, minha Água de Bica, minha Guia Moral, severa e doce (isso faz toda a diferença)*
vou me despedir, não sem antes beber outro café nesta madrugada já no meio, sendo que às sete horas estarei, garboso, no colégio aqui ao lado, para cumprir gloriosa missão, altaneira, os bares fechados, essa mania dos Governos de mandarem na população, raríssimos países, dos pouco mais de 200, ainda têm o voto como painel social obrigatório. Mas, vamos nós, sorrindo, trocando ideias e ideais com tudo e com todos, até mesmo com o Nada.
Beijos e abraços estelares de seu primogênito meio desmiolado, quase analfabeto, mas bom garoto.
uaíma ∞ 